quinta-feira, 31 de julho de 2014

Filho do Vento


      

  PASSADO
Filho do vento
No seu ventre virei homem
Nas voltas da vida, o superei
Voei mesmo sem ter asas
Pois pra quem tem ar nas veias,
O coração é uma bomba eólica
No fim do mundo me encontrei
Sendo e dizendo como um outro alguém
Que também sou eu
PRESENTE
Varro os chãos do sertão, levantando poeira
Provocando mentes com sede
Revirando sementes de grãos solares
Estas partículas me colorem
Agora sou visto,
Giro e giro confuso no mesmo lugar
Até penetrar as entranhas do solo
Escondendo-me de mim mesmo; encontro à água
Ahhhh... Que alívio... Eu sinto!
FUTURO
Eu, ora tão seco e quente
Lidarei bem como o molhado e frio?
Como um homem do deserto
Ao encontrar um largo lago
Quanto tempo leva seu banho?
Quantos goles saciam sua sede?
Eu, como redemoinho,
Ao jantar viro um cálice de vento
Mantendo o máximo de tempo
A água dentro de mim
Abrigando-a,  sinto algo nascer
Deixo de ser filho do vento pra ser pai de algo

Ou quem sabe mãe,

sábado, 5 de julho de 2014

Na escola

Na escola
Que se decora
Ninguém decola
Então, se dá cola

Fica-se grudado, pesado
De informação
De não formação
Sem uma maçã do pecado

Conhecimento genuíno
Pra beliscar
Que só alma de menino
Pode alcançar

Subindo na árvore feliz
Enquanto o homem sério lhe diz
- Desça “logo” dai, é arriscado!
Sentindo que pecou por não ter pegado